quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

AS 10 MELHORES BRINCADEIRAS DO VERÃO

Informações e entrevista completa de Nelson Lima, do Instituto da Inteligência, à revista HAPPY WOMAN (Agosto 2010).


Praias e parques incentivam actividades muito agradáveis desde que se solte a imaginação. O importante é afastar os hábitos e as rotinas e experimentar novas situações.

Eu proponho sempre a criatividade como a grande amiga das férias. É ela quem ajuda a inventar coisas diferentes. E isso é importante também neste período porque é fácil criarmos rotinas mesmo no local das férias. E então metade do que poderíamos aproveitar para ter dias diferentes perde-se.

Passeios:

É a mais fácil das actividades. Caminhadas ao longo dos areais ou em parque e jardins é divertido e tonifica o organismo, incluindo o cérebro. Pode-se criar um roteiro diferente todos os dias, explorando pormenores ou descobrindo novos cenários na paisagem.

Observar recantos naturais:

É uma verdadeira actividade de neurofitness pois exercita os sentidos, em especial a visão, a audição e o tacto. Deve-se poder tocar nas coisas da natureza: a água, as rochas, as plantas, etc.

Coleccionismo:

Pode-se aproveitar para colher folhas de árvores mais exóticas, pedrinhas invulgares e conchas da praia. Podem ser levadas para casa e depois estudadas através da consulta a enciclopédias ou na internet, fazendo cadernos com os apontamentos que nos interessem. Acaba-se por aprender algo mais sobre botânica, minerais e outras ciências.

Fazer explorações tipo Indiana Jones:

Muitos sítios permitem passeios mais ousados e excitantes. Pode-se levar binóculos e máquina fotográfica para captar os momentos mais atractivos das aventuras. Com calçado apropriado e lanternas é possível explorar grutas, recantos, bosques ou até o fundo marinho junto à praia. O importa aqui é segyuir o espírito de aventura, o que torna esta actividade diferente do simples passeio turístico.

Construir brinquedos:

As crianças hoje em dia têm todo o tipo de brinquedos ao seu dispor mas os que elas mais gostam é de os inventar. E os mais simples são os mais fascinantes pois as crianças têm de pensar e ter ideias. E depois acontece que elas relaxam e até entram no que se chamam estados de "fluxo" - uma concentração profunda mas muito aprazível em que se perde a noção de tempo. Podem construir barquinhos, carros de tamanhos diferentes, bolas de diferentes materiais, papagaios, planadores de papel, etc. Os mais conhecidos são as construções de areia mas também se pode criar casas, castelos e outros edifícios (em cartão, barro, plasticina, etc.).

Desenhar e pintar:

Pode-se incentivar as crianças a reproduzirem paisagens ou objectos sob a forma de desenhos, pinturas, fornecendo-lhes os materiais necessários e mais acessíveis. Pode-se inscrevê-las em oficinas de pintura para aperfeiçoarem a técnica. Desenhar mapas ou escrever histórias tendo como cenário o local de férias é outra excelente oportunidade para desenvolver a mente.

AS DEZ MAIS:

1. Passeios de descoberta (com os pais) a sítios desconhecidos, mesmo que sejam perto de casa ou então fazer entrevistas aos habitantes para recolher informações de como era a vida antigamente na localidade das férias.
2. "À Indiana Jones" (brincadeiras de exploração de recantos, grutas e bosques sob supervisão de um adulto).
3. Construir brinquedos em cartão, madeira, barro, areia molhada ou outro material (castelos, casas, veículos, barcos com vela, etc.).
4. Registar em desenho e pintura pormenores do local de férias (fontes, ruas, jardins, etc.).
5. "O investigador científico" (observar, descrever em caderno, desenhar ou fotografar plantas, animais e rochas para depois estudar consultando a internet ou enciclopédias).
6. "Neuróbica for kids" (jogo dos sentidos e concentração, realizado em grupo, em que cada criança tem de identificar, através de sons, visão de partes de figuras, cheiros e o tacto (com os olhos vendados), diferentes artefactos e situações.
7. "À Sherlock Holmes" (jogos em grupo para descobertas de enigmas na praia ou em parques e jardins).
8. "À Harry Potter" (jogos de magia e ilusionismo que podem ser inventados na hora)
9. O mapa do tesouro (jogo em que alguém esconde um objecto - o tesouro - e fornece pistas enigmáticas para que seja possível construir-se uma rota que leve à sua descoberta).
10. Contadores de histórias hilariantes (em grupo, inventam-se partes de histórias, as mais excêntricas possíveis, registam-se num gravador e depois colam-se as diferentes secções, o que dá origem a situações inimagináveis).

Entrevista :

1. Quais são as 10/ 12 melhores brincadeiras e jogos para os pais fazerem com os filhos na praia e nas férias? Explique em que consistem.
Sem esquecer que às crianças devemos também dar espaço e tempo para brincarem sozinhas não deixa de ser igualmente uma excelente oportunidade para os pais também aderirem. Podemos dividir as brincadeiras em dois grupos: as que envolvem actividade física e as que requerem mais o intelecto. As físicas são excelentes para o organismo. Passear, correr em parques ou na praia, observar recantos naturais, coleccionar conchas ou pedrinhas, fazer explorações ao estilo "Indiana Jones" em bosques ou entre as rochas, fotografar detalhes engraçados das paisagens, construir barquinhos em madeira e brincar aos piratas, etc. Nos jogos mentais pode-se pintar as pedrinhas recolhidas na praia, desenhar folhas de plantas ou paisagens ao vivo, ler ou contar histórias, fazer mapas e desenhar percursos, jogar aos tesouros escondidos, etc. O importante é evitar os brinquedos e jogos mais domésticos, sedentários, e aproveitar o espírito criativo e aventureiro que o Verão proporciona.

2. As brincadeiras e jogos destinam-se a idades diferentes? Quais?
Com as devidas adaptações este tipo de brincadeiras e jogos servem a todas as idades, a partir dos 3 ou 4 anós de idade e os pais acabam por ser os primeiros a beneficiarem com isso. Além de se divertirem têm uma excelente oportunidade para conviverem com os filhos de uma forma interactiva e desafiante.

3. Qual é a melhor idade para começar a realizar os jogos e brincadeiras na praia?
A melhor idade é a partir dos 3 ou 4 anos mas atingem o seu melhor a partir dos 7 anos de idade pois já têm uma outra visão do mundo e isso permite-lhes tirar maior partido dos jogos.

4. Existe alguma idade em que eles prefiram brincar com irmãos ou amigos, no lugar dos pais?
Depende da relação entre eles. As crianças são egocêntricas e às vezes preferem estar sozinhas nas suas brincadeiras para se concentrarem melhor. Mas com a ajuda dos pais é possível criar um espírito de equipa entre 2 ou mais irmãos. O que importa é a diversão, a alegria e os ganhos para a saúde que o divertimento proporcionam.

5. Há jogos e brincadeiras que se destinam apenas a meninos e outros a meninas?
O mito de que as meninas preferem bonecas e os meninos automóveis não faz sentido e isso está ultrapassado. O Verão é altura de partir para outros brinquedos, o mais artesanais possíveis. Tal como antigamente, as crianças gostam de criar brinquedos mesmo que saiam toscos. A imaginação dá-lhes a forma final que desejarem mesmo que seja apenas em imaginação. Com um simples papel faz-se um avião-planador em forma de asa delta. Ou com 4 rolhas e uma tabuinha pode-se fazer uma jangada pequenina.

6. As brincadeiras e jogos de praia contribuem para o desenvolvimento da criança? Em que medida?
Sem dúvida. O Verão, até pelo Sol e o tempo livre disponíveis, é uma época que facilita a saúde e a aceleração cognitiva, através não apenas do ambiente descontraído mas também porque a imaginação está mais solta.

7. Qual a importância dos jogos e brincadeiras de praia na relação entre pais e filhos?

Estando pais e filhos num período em que o stress desce para níveis muito baixos e os compromissos e as correrias da época escolar ficaram para trás, o importante é a convivência, o contacto directo, o informalismo das conversas, as emoções positivas e saudáveis. Isso tudo reforça os laços entre todos e contribui para unir a família.

8. Quais as principais vantagens destas brincadeiras e jogos de praia?
Cognitivamente estimulam a imaginação e o espírito de descoberta. Ao nível orgânico favorecem a saúde em geral. E socialmente reforçam os laços entre pais e filhos.

9. Existem algumas desvantagens ou perigos que estejam relacionados com as brincadeiras e jogos de praia?
Os únicos perigos são os que decorrem de algum excesso de exposição a riscos (raios solares, quedas, etc.) ou de alguma intolerância por parte ou dos pais ou dos filhos. As brincadeiras e os jogos devem ser planeados e acordados entre todos. Ninguém deve impor nada. Afinal, é tempo de férias.

10. Existem acessórios (barcos, bóias, baldes, bolas…) imprescindíveis que possam representar mais-valias nos jogos e brincadeiras de praia entre pais e filhos?
Sim, o mercado oferece hoje um largo leque de artefactos mas é desejável inventar brinquedos como faziam as crianças antigamente. Está provado que as crianças de hoje também gostam de criar os seus brinquedos e jogos. Elas são criativas por natureza. Podem inventar muitas coisas e isso já é uma forma de se divertirem. Basta dar-lhes oportunidade e incentivá-las.



Fonte: http://academiadepais.blogspot.com.br/

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